sábado, 9 de julho de 2011

História 22: A múmia de Betânia

A múmia de Betânia
Para a glória de Deus, Jesus ressuscita uma “múmia” de quatro dias e muitos judeus crêem nele como o enviado de Deus.
João 11:1-45


Na aldeia de Betânia, a cerca de três quilômetros de Jerusalém, moravam os irmãos Marta, Maria e Lázaro, que eram muito amigos de Jesus. As duas irmãs andavam preocupadas com Lázaro porque ele estava muito doente. Vendo elas que a doença do irmão se agravava cada vez mais, mandaram avisar a Jesus que o seu amado amigo estava enfermo. As duas irmãs sabiam que Jesus tinha poder para fazer milagres e criam nele como a última esperança de salvar a vida de Lázaro.

Jesus, ao receber o recado de Marta e Maria, disse que a enfermidade de Lázaro não era para a morte, mas para a glória de Deus.

Mesmo sabendo que Lázaro estava prestes a morrer, Jesus ainda esperou tranqüilamente dois dias no lugar onde estava. Só depois decidiu voltar para a Judéia. Jesus disse aos discípulos que ia despertar Lázaro do seu sono. Os discípulos, sem noção, entenderam que Jesus falava que Lázaro estava dormindo e, por isso, estaria ele a salvo. Jesus, porém, direto e claramente, disse aos discípulos que Lázaro estava morto.

Quando Jesus chegou à Betânia, já fazia quatro dias que Lázaro havia sido sepultado. E, sabendo Marta que Jesus chegava, foi ao encontro dele. Maria, porém, ficou em casa, junto com os muitos judeus que choravam com ela a morte de Lázaro.

Desconsolada, Marta disse a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Jesus disse a ela que Lázaro haveria de ressuscitar. Marta creu em Jesus, mas pensou que ele estivesse falando da ressurreição do último dia, isto é, do fim dos tempos.

Depois de ser consolada por Jesus, Marta chamou Maria para que ela também fosse falar com o mestre. Maria saiu imediatamente e foi ver Jesus. Ao encontrá-lo, Maria prostrou-se aos pés dele e disse as mesmas palavras de Marta: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Jesus, vendo Maria com uma aparência tão triste a chorar pelo seu irmão e também os judeus chorando junto com ela, humanamente muito se comoveu. Ao se dirigir ao sepulcro de Lázaro com Marta, Maria e os judeus que as acompanhavam, Jesus não conseguiu se conter e chorou por seu amigo Lázaro. Os judeus viram que Jesus realmente amava a Lázaro, mas questionaram entre si por que ele, que curou cegos e fez tantos milagres, não curou o próprio amigo.

Quando chegou à caverna onde estava o corpo de Lázaro, Jesus pediu que retirassem a pedra que fechava a caverna. Marta disse ao mestre que o defunto já fedia, pois já era de quatro dias. Jesus, porém, disse a Marta: não te disse eu que se cresses verias a glória de Deus? Em seguida, tiraram a pedra do sepulcro. Jesus, então, levantou os olhos para o céu e deu graças a Deus por ouvi-lo. Jesus fez essa oração diante de todas aquelas pessoas para que elas, ao verem o grande milagre que abalaria a aldeia de Betânia, reconhecessem que Deus o enviou.

Ao terminar a oração, Jesus em alta e poderosa voz clamou: Lázaro, sai para fora! As pessoas que ali estavam provavelmente acharam aquilo uma afronta à dor e ao luto da família de Lázaro.

Mas, inacreditavelmente, Lázaro despertou da morte, levantou-se e, como uma múmia, todo enrolado em faixas, caminhou lentamente e apareceu à porta do sepulcro surpreendendo a todos que o viram. Jesus, então, pediu que tirassem as faixas de Lázaro e o deixassem ir. Ao verem o fabuloso milagre da única “múmia” do mundo que voltou à vida, muitos judeus creram em Jesus como o enviado de Deus.

Leituras sugeridas: João 11:25

Para meditar

As pessoas de Betânia questionaram por que Jesus não curou Lázaro e o deixou morrer. Mas, para a glória de Deus, Jesus mais do que curar, ressuscitou Lázaro. Nos dias de hoje, as pessoas perguntam por que Deus permite que coisas ruins e até a morte aconteçam com pessoas boas e seguidoras dele. Que resposta você daria para responder a essa pergunta?


Reflexão

A mumificação, a reencarnação e a ressurreição: qual dará vida pós-morte?

Uma múmia é um cadáver preservado da decomposição por ação intencional ou natural. No Egito antigo, formavam-se cuidadosamente por vários dias as múmias dos Faraós, que eram os reis-deuses do Egito. Já os “plebeus” do Egito eram enterrados em sepulturas em que as condições ambientais de deserto favoreciam a mumificação natural dos defuntos.

A mumificação artificial ou intencional de um cadáver consistia essencialmente em retirar os órgãos do defunto para evitar a deterioração, purificar o corpo com óleos aromáticos e com água do rio Nilo, embalsamar o defunto e, por fim, enrolá-lo em faixas. Depois disso, as múmias eram guardadas em sarcófagos, que eram luxuosos túmulos. Os egípcios acreditavam que a mumificação, seja ela natural ou artificial, preservava o corpo para que ele recebesse uma nova alma, isto é, uma nova vida. No entanto, muitos anos se passaram e nunca se viu uma múmia voltar à vida. Todos os Faraós permanecem mortos esperando suas almas em seus luxuosos sarcófagos.

Ainda sobre a vida após morte, há aqueles que crêem na reencarnação. Embora haja quem afirme haver evidências de pessoas que reencarnaram, não há provas e muito menos testemunhas que provem que alguém tenha morrido e voltado à vida em outro corpo.

Jesus, porém, ao ressuscitar vários defuntos e a si mesmo, diante de várias testemunhas, mostrou que a ressurreição é uma possibilidade real de vida após a morte para todo que nele crê. Mais do que isso, Jesus afirmou ser ele mesmo a ressurreição e a vida (Jo 11:.25), isto é, a única esperança de vida eterna verdadeiramente feliz. Ninguém pode oferecer mais do que Jesus, pois ninguém mais, além dele e dos que por ele foram ressuscitados, voltou da morte para a vida para dizer o que será de nós quando findar o labor desta vida.

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